segunda-feira, 10 de outubro de 2011

So...Só...Li (TER) tária.


O bebê engraçadinho não sorri mais, pois ele se foi.
Foi-se antes de ser abandonado.
O que sentiu foi a doçura se esvaindo e viu as faces verdadeiras, afastou-se.
O berço ainda balança, mas não há bebês lá dentro...
Oco, frio, vazio.
Algo perfaz o ambiente, isso o incomodou. Não era sincero o que se via...
Algo realmente estranho.
Só...
Sentiu-se seguro, enfim. 
Não havia proteção no firmamento, nem no berço, nem em casa.
Mas assim que contemplou a verdade libertou-se. 
Nada pedia, nem exigia. 
Não chorava. 
Não bebia, nem comia.
Apenas sorria, até não haver mais nem isso. 
Ouve um choro resoluto...
Foi-se.
Anjos o acolheram.
Alguém viu o berço balançando, e não se importou, se balançava é porque havia bebê...
Ninguém viu ou percebeu.
Mas o fato foi que o bebê engraçadinho se fora...
Quem pode culpá-lo por não aguentar?

E.C

Ao som de Bubbly - Colbie Caillat




Nenhum comentário:

Postar um comentário